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domingo, 2 de novembro de 2008

entendendo a geração Y

A difícil tarefa de lidar com a Geração Y Ex-presidente da Ernst & Young Julio Cardozo fala sobre a missão das empresas em entender a turma dos que querem ser desafiados constantemente Andrea Giardino

Muito tem se falado na Geração Y, formada por pessoas nascidas a partir de 1980 e que já começa a invadir o mercado de trabalho. Eles são jovens, criativos, espertos, ousados e ávidos por aprender. Desafiam regras e desprezam hierarquia. Têm pressa em ascender na empresa e na carreira. E ficam frustrados se não são promovidos rapidamente.

Pouco fiéis à empresa em que trabalham, não hesitam em ir embora caso seus objetivos não sejam correspondidos. Também não esperam permanecer no mesmo emprego por muito tempo. Mas da mesma forma como sua criatividade e agilidade de raciocínio são valorizadas pelos mais velhos, sua impaciência vem provocando conflitos no mundo corporativo.

“Precisamos ficar atentos, porque essa é uma geração muito diferente daquela que veio antes, a geração X, entre 35 e 45 anos”, alerta Julio Sergio Cardozo, Chief Executive Officer (CEO) da Julio Sergio Cardozo & Associados, empresa de consultoria especializada em gestão e carreira. Na sua opinião, o grande dilema das empresas continua sendo lidar com a diversidade de gerações. “Principalmente, quando a área de recursos humanos ainda adota políticas ‘pasteurizadas’, iguais para todos”.

Ou seja, desconsideram as diferenças de objetivos que cada uma das gerações possui. Como então dividir espaços com os “Baby-Boomers” - nascidos entre 1946 a 1964 - e a Geração X - 1965 a 1977? Este não é apenas um desafio individual, mas principalmente do RH. Para falar sobre os conflitos entre as gerações, Cardozo abriu as portas de seu escritório, em São Paulo, para conversar com nossa reportagem.

Ex-presidente da Ernst&Young para América do Sul – uma das maiores empresas de auditoria do mundo - e retrato da Geração “Baby Boomer”-, o consultor sabe muito bem a dificuldade de lidar com esse choque de gerações. Leia abaixo trechos da entrevista exclusiva concedida ao iG :

iG - Qual o desafio das empresas ao se deparar com gerações tão diferentes?
Julio Cardozo –
Dificilmente nos deparamos com uma área de RH que enxergue os valores e as expectativas, bastante distintas, das gerações encontradas nas companhias. Por essa razão, os conflitos internos passaram a ser recorrentes nas empresas e transformaram-se em uma verdadeira dor de cabeça para os líderes.
Agora tanto a Geração dos “Baby Boomers” quanto a Geração X dividem espaço com recém-formados, de 20 e poucos anos. Reconheço que não é fácil lidar com essa turma cheia de vigor e energia, armada com diplomas de MBA, fluentes em dois ou mais idiomas e que perseguem os melhores cargos. Diferentemente das antigas gerações, que em grande parte estavam acostumadas a revisões anuais de suas ações, a Geração Y vem prosperando mais rapidamente porque exige constantes feedbacks.

iG - E como os Baby Boomers vêm lidando com isso?
Cardozo –
Estão tentando se adaptar. Imagine pessoas com 60 anos passando a trabalhar ao lado de pessoas de 20 anos, super preparadas? Ainda mais quando esse grupo, dos nascidos após a Segunda Guerra Mundial, sempre ter sido obcecado pelo trabalho, em detrimento à vida familiar. Hoje, o encontramos no topo das organizações, preparando-se para passar o bastão à Geração X, que tem idade entre 30 e 45 anos. Complicado acompanhar e aceitar a visão imediatista destes jovens, que buscam respostas apenas para o mundo que estão vivendo hoje. Até mesmo por isso, eles não costumam preocupar-se com os próximos anos. Eles não planejam o futuro. Na visão deles, talvez este futuro traçado agora nem aconteça. Uma verdadeira mudança de valores.

iG – Qual a saída, então?
Cardozo -
Para aproveitar as qualidades da Geração Y, os mais velhos terão de lidar primeiro com alguns atritos, como entradas repentinas na sala, ligações diretas no ramal ou no celular e cobranças por respostas às suas demandas. Embora essa geração não aceite bem a autoridade imposta, ela gosta de escolher modelos para seguir. Conversar, envolvê-los no negócio e apresentar desafios pode fazer a diferença.

iG - De que forma o RH pode se preparar para evitar um choque entre os diversos perfis?
Cardozo –
Veja bem. É natural existir um choque entre as gerações mais antigas e as mais novas. O que não se pode aceitar é fazer de conta que essas diferenças não existem. Vou mais além. Não saber identificar o que estimula a geração do novo século e todas as outras que convivem entre si nas organizações é um erro que as empresas vão pagar caro na disputa por talentos. Sem dúvida alguma, o problema da atração e retenção de talentos está diretamente ligado a falta de uma visão mais inteligente do RH em não apenas administrar o choque de gerações dentro do ambiente corporativo como entender o que cada uma de fato quer. Não podemos esquecer que a distância entre uma geração e outra vem diminuindo de forma acelerada, ao mesmo tempo em que as diferenças entre elas se acentuam. Embora as organizações afirmem estar preocupadas em atrair e reter os melhores profissionais, elas esquecem que olhar todo mundo da mesma forma, sob o mesmo prisma, é um passo para deixá-los ir embora.

O RH e a geração Y

O primeiro Café com RH do ano explorou os principais desafios dos gestores quando o assunto é lidar com jovens talentos


Os jovens da geração Y, nascidos entre os anos 80 e 90, têm dado trabalho aos profissionais de RH de muitas empresas. Criados em um mundo dominado pela tecnologia, eles são ágeis e estão acostumados a realizar diversas tarefas ao mesmo tempo. Porém, são muito questionadores e inquietos. Como lidar com esses jovens? E como tirar proveito de suas competências e habilidades? Essas foram as perguntas que nortearam o primeiro Café com VOCÊ RH do ano, que teve como convidados Sofia Esteves, diretora do Grupo DM, que engloba a Companhia de Talentos e a DM Recursos Humanos, e o professor Moisés Balassiano, da FGV-RJ. A editora da VOCÊ RH, Daniela Diniz, mediou o debate, que abordou os principais mitos e preconceitos que envolvem essa geração e provocou os RHs, para que eles repensem seu atual modelo de atração e retenção. Para Sofia, esses jovens têm uma visão muito imediatista e buscam respostas apenas para o mundo em que estão vivendo, ou seja, para o presente. “Eles não planejam o futuro. Na visão deles, talvez este nem aconteça”, afi rmou Sofia durante o debate. O professor Moisés destacou os jogos eletrônicos como os grandes infl uenciadores da geração Y. “A forma de aprendizado nos games é a de tentativa e erro. A cada nível, o jogo apresenta novos desafi os e situações diferentes”, disse Moisés. “E é dessa forma que os jovens se comportam no ambiente de trabalho.” Usando a analogia, no jogo, apertando uma tecla, é possível começar tudo de novo. Na empresa, basta pedir demissão. Se eles não estão satisfeitos com a organização em que trabalham, procuram outra. E assim como no jogo, a fila anda. “Esse profi ssional veste duas camisas: a da empresa por cima e a dele por baixo”, completou Moisés. “Antes nós os selecionávamos. Hoje, são eles quem nos escolhem.”

MUDE A ROTA
Se o funcionário pensa e age de forma diferente, as empresas e seus gestores precisam mudar suas velhas práticas de treinamento e retenção. Não adianta, por exemplo, focar em bons salários para segurar esses jovens. Eles querem ganhar bem, sim, e buscam segurança também. Mas eles estão
atrás de desafi os, bons projetos e querem ter prazer no que fazem. “O grande desafi o é construir programas de incentivo para atrair esse profi ssional”, diz Sofia, que ressaltou a ânsia dos jovens para crescer logo na carreira, especialmente os que participam de programas de trainees. E aí vale outro alerta para os gestores: prometeu, tem de cumprir. “O estagiário agradece a oportunidade do emprego”, avaliou Sofia. “O trainee cobra o que a empresa tem para oferecer.” Cabe também às empresas, na visão de Moisés, o papel de ensinar esses jovens. Por mais que atualmente haja cursos universitários que ajudam o aluno a pensar de forma estratégica e a dar soluções criativas, o verdadeiro lugar para os representantes da geração Y aprender ainda é a empresa. E isso mais do que nunca é um poderoso instrumento de atração e retenção para essa turma.






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