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domingo, 26 de outubro de 2008

Educarede

Saber como utilizar as tecnologias digitais não basta, é preciso se apropriar dos recursos e ferramentas disponíveis no universo da internet e aplicá-los de maneira efetiva em sala de aula. O Programa EducaRede trabalha com três segmentos do Letramento Digital: Pesquisar, Comunicar e publicar na web.


Internet e aprendizagem

Ilustração: Didiu Branco

Com o avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), a informação e o conhecimento estão cada vez mais acessíveis no mundo digital. Computador e Internet estão sendo incorporados ao cotidiano das escolas e trazem desafios para os professores, na medida em que favorecem o desenvolvimento de novas situações pedagógicas e ampliam as oportunidades para o acesso à informação, à participação, à ampliação de redes e para o processo de ensino e de aprendizagem.

Num contexto de cultura das mídias, a dinâmica que se estabelece na sala de aula – ou no laboratório de Informática –, marcada por atividades múltiplas e simultâneas, favorece o diálogo e a troca entre educadores e alunos.

Nesse cenário, permeado de múltiplas linguagens e tecnologias, cabe ao professor selecionar fontes de pesquisa, refletir criticamente sobre as informações encontradas, atribuir-lhes significados, contribuir para que os alunos identifiquem o que é relevante, orientar a publicação de trabalhos e qualificar a comunicação digital entre alunos.

A profusão das fontes de conhecimento e o aumento das oportunidades de comunicação ressaltam a centralidade do educador na proposição de desafios e contrapontos ao aluno. Para isso, contudo, é necessário que o professor entenda a Internet como instrumento cognitivo, sabendo equilibrar seu uso em tarefas nas quais ela realmente faça a diferença.

Ao aluno, coloca-se a oportunidade de assumir uma postura ativa no desenvolvimento das habilidades necessárias para ter acesso às oportunidades que a Internet oferece. Pois, ao mesmo tempo em que fascina por ser uma poderosa ferramenta para o alargamento da ação educativa em novos espaços de aprendizagem, também pode ser utilizada como um meio de comunicação unilateral massificante.

O papel do educador é fundamental para estimular nos alunos uma ampla gama de aprendizagens e também para provê-los da orientação e do apoio necessários para que se tornem aptos a pesquisar, publicar e interagir na Internet com segurança, de forma crítica e autônoma, dentro ou fora da escola – questões que demandam um processo de formação continuada do próprio professor.

Ciberespaço e hipermídia

O mundo que se acessa ao entrar na Internet, chamado de ciberespaço, é formado por uma série de dados que aparecem em forma de textos, sons ou imagens. Pode-se dizer que um de seus grandes diferenciais é o fato de a organização, a manipulação e a troca de informações dependerem da interação do usuário, que pode atuar de maneiras diferenciadas para obter resultados com os recursos disponíveis na Rede. A isso se chama “navegar”.

Navegar é mais do que visitar passivamente um universo predefinido de informações. Ao navegar, o internauta interfere no ciberespaço, reorganizando o fluxo de informações das quais ele é composto. Por isso, de certa forma, ele é um leitor-autor, pois, ao escolher suas ações na Web com seus “cliques”, interfere no modo, no tempo e na ordem com que as informações são apresentadas.

Esse tipo de navegação aberta é possível porque a Internet é composta pela hipermídia, definida por quatro características básicas:

• a mistura de diferentes linguagens, tais como verbais (textos), visuais (fotografias, desenhos, gráficos), sonoras (músicas, efeitos sonoros), audiovisuais (filmes, games, simulações etc.);
• a articulação em hipertextos;
• recursos de apoio à navegação (mapas, roteiros, sistemas de busca);
• e a interação (SANTAELLA, 2004).

Navegar

  • O verbo “navegar” foi incorporado à linguagem da rede Internet porque o primeiro browser popularizado chamava-se Navigator (Navegador). Browser (que significa “folheador”
    - pessoa ou máquina que folheia páginas) é o programa que permite que o usuário utilize a Internet.

Hipermídia

  • Documento que pode conter vários tipos de linguagens (textos verbais, imagens, sons, imagens em movimento) e usa ligações de hipertexto. Hipertexto é um documento digital composto por informações que se cruzam por meio de links, que são elos associativos que conectam as informações entre si. Deste modo, o leitor pode “abrir” ou não outros documentos e na ordem que desejar. É por isso que cada usuário realiza um percurso pessoal ao navegar na Internet, pois cada nó abre a possibilidade horizontal para outros tantos nós, os quais estão em constante construção e reconstrução.

Ciberespaço

  • É o ambiente em que as relações humanas se dão por meio das tecnologias digitais.

Do ponto de vista da educação, a navegação no ciberespaço pode ser compreendida como uma ação de aprendizagem exploratória e criativa, realizada de modo particular e reflexivo. Exploratória porque permite ao aluno clicar livremente, ir e vir, repetir e experimentar caminhos. Criativa e particular porque exige definição de critérios, regras e lógicas que auxiliam na construção do percurso e na obtenção de resultados significativos. Reflexiva, pois, ao definir um método de navegação, o aluno deve analisar e re-adequar suas estratégias e seu raciocínio, ainda que de maneira informal

Muitas possibilidades estão abertas no ciberespaço, como se comunicar por meio de ferramentas de bate-papos e fóruns, participar de grupos e comunidades virtuais, além de tornar-se autor de informações, por meio da criação de páginas e sites, sejam elas com recursos simples de textos ou envolvendo recursos de simulações e bancos de dados, entre outros.

Conhecer as diferentes ferramentas disponíveis no ciberespaço possibilita ao professor usar a Internet de forma consciente e personalizada. Além de seu potencial de pesquisa e de comunicação, a Internet é um importante instrumento cognitivo, que potencializa os processos de ensino e aprendizagem. Para tanto, é necessário que o professor compreenda e saiba usar esse meio, definindo com clareza os objetivos que pretende atingir, planejando como avaliá-los ao longo do processo, de preferência com a participação dos alunos. As considerações a seguir auxiliam nessa tarefa, ao tratar das especificidades da Internet e de sua relação com a educação.

O propósito não é tornar o professor um especialista, mas problematizar os recursos de pesquisa, de publicação e de comunicação da Internet, apoiando-o no uso dessa mídia, especialmente das ferramentas e metodologias disponíveis no EducaRede, de uso livre em qualquer escola. Desta maneira, estamos contribuindo para o Letramento Digital, que, definido como o uso aprimorado da Internet remete à compreensão de sua utilidade como instrumento pedagógico no desenvolvimento de aprendizagens relacionadas à pesquisa (buscar, selecionar e analisar informações), publicação de materiais (postura ativa e autoral) e comunicação digital (trabalho em rede e a distância).




O que é Letramento Digital?


A palavra “letramento” vem se incorporando ao vocabulário da área da Pedagogia para conceituar um processo que vai além da decodificação do sistema alfabético da escrita e incorpora a compreensão dos usos sociais da escrita. Letramento digital, portanto, significa não apenas saber como utilizar as tecnologias digitais, mas entrar em contato com ele de maneira significativa, entendendo seus usos e possibilidades em nossa vida social.

A palavra “letramento”, embora não seja nova, tem aparecido com freqüência nas falas pedagógicas. Será um simples “modismo”?

O Dicionário Houaiss nos apresenta as seguintes definições de letramento: “1) ant. representação da linguagem falada por meio de sinais; escrita 2) PED m.q. ALFABETIZAÇÃO (processo) 3) (déc.1980) PED conjunto de práticas que denotam a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito”.


Observem que a terceira definição vem acrescentar um novo ponto de vista às anteriores: se as primeiras se referem à representação gráfica dos sinais da escrita, a última inclui a idéia de competência de uso da escrita.

Como vemos, letramento não vem substituir alfabetização. Por outro lado, a capacidade de decodificar as letras e suas combinações não garante que o indivíduo seja capaz de utilizar a leitura e a escrita nas suas situações sociais.

Ilustração: Didiu Branco

Vamos ver mais de perto a definição de Magda Soares: “(letramento é) o estado ou condição de quem exerce as práticas sociais de leitura e de escrita, de quem participa de eventos em que a escrita é parte integrante da interação entre pessoas”. Para atingir esse estado ou condição é necessário dominar o código escrito e, ao fazer uso dele, ser capaz de participar das situações sociais que exigem o uso da leitura e da escrita, a partir de suas necessidades pessoais ou da sociedade em que vive. Isto significa um amplo leque de situações do cotidiano das pessoas, que podem ser: escrever uma lista de compras; orientar-se na cidade com ajuda de um mapa; entender a posologia na bula do remédio; escrever um poema; ler o horóscopo ou o resumo da novela; buscar informações sobre a situação econômica; ler artigos científicos ou mandar uma carta para um amigo.

O conceito de letramento, ao ser incorporado à tecnologia digital, significa que, para além do domínio de “como” se utiliza essa tecnologia, é necessário se apropriar do “para quê” utilizar essa tecnologia.

Trocando em miúdos: fazer um curso sobre um software de edição de texto, de imagem, ou planilha eletrônica nos ensina a dominar os códigos dessa linguagem, ou seja, a nos “alfabetizar” nela. Mas apenas se incorporarmos essas habilidades ao nosso cotidiano é que passarão realmente a fazer sentido e já fazemos uso delas quando utilizamos o cartão do banco, por exemplo.

No espaço escolar, contribuir para o letramento digital significa apresentar oportunidades para que toda a comunidade possa utilizar as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação como instrumentos de leitura e escrita que estejam relacionadas às práticas educativas e com as práticas e contextos sociais desses grupos.

Nesse sentido, o Programa EducaRede, focando a utilização da Internet como espaço de aprendizagem significativa, desenvolve suas ações embasado no conceito de letramento digital, focando três grandes eixos complementares, ou grandes aprendizagens, que são: pesquisar na Internet, publicar na Internet e comunicar-se digitalmente. No Portal EducaRede, por exemplo, os conteúdos, ferramentas, propostas e ambientes tornam possível que os participantes exercitem características fundamentais no processo educativo: a curiosidade da Pesquisa, a autoria da Publicação e a troca da Comunicação.

Letramento Digital: Pesquisa

Clique na imagem para assistir ao
trecho sobre Pesquisa da video-aula
"EducaRede Internet na Escola"

Acessar o conhecimento é condição para compreendermos a sociedade em que estamos e condição de cidadania. Os conteúdos culturais, científicos, tecnológicos e históricos presentes nas relações sociais, afetivas e comunicacionais podem ser acessados por qualquer pessoa, na medida em que lhes permitam alguma significação.

"Conhecimento não se reduz a informação. Esta é um primeiro estágio daquele. Conhecer implica em um segundo estágio, o de trabalhar com as informações classificando-as, analisando- as e contextualizando-as... Esse trabalho de selecionar, analisar, contextualizar as informações, discutir suas fontes, suas implicações é tarefa da escola. Assim, na escola os professores vão ajudando os alunos a construírem os conhecimentos, o que envolve avançar para os níveis mais elevados da simples informação e para os níveis mais complexos do decidir. Decidir as finalidades, a direção de sentido que os alunos vão imprimir ao conhecimento de que se apossam, a utilizá-los com sabedoria." (Selma Garrido Pimenta, Projeto pedagógico e identidade da escola – transcrição de palestra proferida em encontro de educadores, Taubaté/SP, 1998).

Internet
A idéia de colocar computadores em comunicação por rede nasceu em 1969, nos Estados Unidos, e integrava laboratórios de pesquisa do Departamento de Defesa norte-americano. Restrita ao ambiente acadêmico e científico, somente em 1987 a Internet teve seu uso comercial liberado nos EUA e a partir de 1992 ela começa a ser utilizada em maior escala em todo o mundo. A Web (World Wide Web ou WWW) é o lado multimídia da rede, que suporta textos, fotos, animações, vídeo e sons. Saiba mais sobre a
História da Internet.

Na Internet, milhares de informações estão disponíveis, mas o que dá sentido a uma informação acessada é a clareza de por que e para que a buscamos. Pesquisar na Internet nos permite exercitar a capacidade de uso de diferentes tipos de material escrito, mas contextualizar, analisar e classificar essas informações é o que nos garante o acesso ao conhecimento. Para isso, é necessária a mediação do professor.


Enciclopédias, dicionários, livros, websites, bancos de imagens, animações, vídeos... São tantas as informações disponíveis na Internet, em variados formatos e fontes, que não é difícil nos perdermos entre as múltiplas janelas abertas do navegador, em uma espécie de labirinto digital.


Os novos modos de acessar e ler textos em enorme quantidade e codificados em diferentes linguagens tornam-se um grande desafio. Como chegar a algum lugar nesse labirinto? Como estabelecer unidade nesse universo de conexões? Como se apropriar de conhecimento nesse mar de informações?


Para que a pesquisa na Internet faça parte do processo de apropriação do conhecimento pelo aluno, evitando-se o famoso “copiar e colar”, é importante adotar uma metodologia focada no desenvolvimento de habilidades para identificar e selecionar informações relevantes. Essas habilidades envolvem diversos recursos cognitivos, tais como o levantamento de hipóteses, a análise, a comparação e a síntese, e pressupõem a leitura de textos não-lineares, como os hipertextos, e a alfabetização nos códigos das linguagens do ambiente hipermídia.

O Portal usa links entre as seções para sugerir novas relações entre elas, abrindo possibilidades de navegação por suas páginas. No entanto, textos extensos e reflexivos são publicados sempre que necessários à compreensão de conceitos específicos. Esses links funcionam como recursos editoriais para dividir trechos dos textos ou criar profundamento, de modo que sua leitura fique confortável. O EducaRede também seleciona e sugere links na Web, fornecendo indicações de qualidade ao internauta, principalmente na seção Educalinks, que se configura como uma porta aberta para a Educação.

Os canais do EducaRede para pesquisa são:

  • Educalinks - um guia de sites úteis para alunos e educadores, divididos por área de interesse;
  • Revista EducaRede - conteúdo jornalístico relacionado a Educação;
  • Serviços - informações para organizar e facilitar o cotidiano da escola: Agenda de Eventos, Guia Cultural e SOS;
  • Biblioteca - oferece resenhas e biografias de obras da literatura e livros-clip;
  • O Assunto É... - textos e propostas de atividades para temas multidisciplinares;
  • Turbine sua Aula - dicas de atividades para todas as disciplinas do Ensino Fundamental e Médio;
  • Internet na Escola - material para facilitar a relação do educador e do educando com o computador e com a Internet.

Desse modo, o leitor acessa conteúdos produzidos por outras pessoas, porém criando a própria rota, um caminho que produzirá sentidos de acordo com a navegação individual. Os links normalmente são planejados de modo a proporcionar ao leitor autonomia na escolha de direções dentro de caminhos inicialmente previstos pelos autores daquele site ou documento. Além de ligarem trechos de um texto ou partes de um mesmo site, eles podem fazer a ponte entre vários sites.


Nos processos de ensino e aprendizagem, do ponto de vista individual, links e hipertextos possibilitam que o aluno tenha a liberdade de caminhar em sua pesquisa de acordo com seu interesse e seu rítmo. Do ponto de vista coletivo, é enriquecedor que o trabalho do grupo seja complementado pelos percursos individuais e diferenciados de cada aluno.


Pesquisa on line: como encontrar o que procuro?

Daniela Seawright

Fonte: The  Sherlock Holmes Museum A pergunta parece retórica, mas quem navega pela Web sabe que obter sucesso em uma busca é tarefa que exige paciência e determinação. Costumamos sentar à frente do computador com um propósito específico, mas geralmente nos perdemos pelo caminho. Somos fisgados por links mais atraentes, flutuamos de página a página e, quando percebemos, já desviamos da missão original.

Isso acontece sobretudo porque os hipertextos (documentos digitais compostos por diferentes blocos de informações interconectadas) permitem uma multiplicidade de percursos de leitura. Diferentemente do livro — em que há uma predominância da leitura linha a linha, da primeira até a última página da obra —,a Web nos permite traçar infinitos caminhos não-lineares. (Pergunte a si próprio agora: como cheguei a este hipertexto do EducaRede?).

Cada edifício é a  representação de um website na cidade Web 3D. Difícil é não se perder nesta cidade. Fonte: Darwinmag

Na própria rede existem outras infinitas redes, não há um começo e nem um fim, mas diversas vias de acesso. Por isso, às vezes, temos a sensação de estarmos mergulhados em blocos de informações costurados em outros blocos. Ficamos meio indecisos diante de tantas encruzilhadas. Várias vezes somos tentados a clicar em chamadas mais atraentes. O caminho se torna naturalmente complexo e tortuoso. Além disso, o ato de navegar, por si só — principalmente para os iniciantes — parece ser mais atraente do que o de interpretar as informações recebidas. Há uma certa dificuldade, neste caso, em escolher quais são os dados mais significativos e quais podem ser abandonados.

O mapa promocional on line da empresa Interoute usa o metrô como uma metáfora da rede de computadores. Clicando no mapa da organização, os usuários podem aprender mais sobre a capacidade da rede. Fonte: Darwinmag

O lado bom do perder-se e achar-se na pesquisa on line é que este processo faz com que fiquemos mais experientes na arte de navegar. Nas primeiras investidas, há muita desorientação: nos perguntamos em qual dos duzentos links devemos clicar primeiro. Nas próximas, os olhos mais treinados já vão separando o joio do trigo.

Treino, paciência, determinação, organização, orientação, direção. É preciso isso e mais para encontrar o que queremos (sem contar um computador legal, uma conexão firme). Então, minha dica desta quinzena é tentarmos viver uma experiência de pesquisa on line mais consciente e dirigida, diante do que foi posto acima. O exercício vale para educadores e estudantes. A idéia central é prestar mais atenção aos "passeios" que fazemos pela Internet e entendermos como é possível potencializar nossas buscas. (Aviso aos iniciantes: na seção "Be-a-bá da Internet", há dicas bem básicas de navegação. Vale a pena se inteirar do assunto).

Encontre seu rumo

* A navegação precisa de bom senso, intuição, direção. Navegar descompromissadamente não adianta, é preciso ler/perceber as informações que aparecem na tela com um propósito determinado. É ainda necessário trabalhar a extensão da informação, a variedade das fontes de acesso e o aprofundamento da sua compreensão. Confrontar as ocorrências de uma pesquisa torna-se mais importante do que acumular uma vasta lista de endereços eletrônicos. Criar um método próprio de pesquisa e de documentação pessoal ajuda bastante. Nunca é demais lembrar: conhecer é integrar a informação ao nosso referencial.

Organize sua pesquisa

No conto dos irmãos Grimm, João e Maria fazem um caminho de pedras para não se perderem. Imagem reproduzida do site Jangada Brasil * Os browsers (programas usados para navegar pela Internet) fazem o papel de João e Maria: jogam pedrinhas por onde você passa. Se estiver perdido na floresta do ciberespaço e quiser rever as próprias pegadas, clique no botão Histórico na barra de ferramentas (ou digite Control e H ao mesmo tempo). A lista do histórico mostra onde você esteve há alguns minutos, no dia de hoje, ontem ou há algumas semanas. Refazer o caminho funciona como uma segunda chance para quem se perdeu tentando encontrar alguma informação. :) Você pode alterar o número de dias durante os quais as páginas são mantidas na lista de histórico. Porém, quanto mais dias você especificar, mais espaço em disco será usado no seu computador para salvar essas informações.

Alice no País das Maravilhas, um espaço dimensional não-linear Fonte: Site interativo Alice in Worldland (http://www.ruthannzaroff.com/wonderland)

* Se o País das Maravilhas fosse um navegador com botões de Voltar, Parar, Pesquisar, Atualizar, Avançar e Página Principal, talvez, quem sabe, Alice tivesse encontrado o rumo de casa mais cedo. Caso queira se perder e viver um realismo mágico, ignore esses atalhos. Do contrário, saiba que pode retornar para a última página que visualizou clicando no botão Voltar na barra de ferramentas. Para visualizar uma das últimas nove páginas que você visitou na sessão (período de tempo em que o browser ficou aberto), clique na seta ao lado do botão Voltar e na página escolhida. O mesmo vale para ir para frente: use o botão Avançar. Para ir diretamente à sua página principal (a que você especificou como Home), não hesite em clicar em Página Principal. Para se certificar de que a página da Web que você está exibindo contém informações atualizadas, pressione F5 ou aperte o botão Atualizar. Para interromper o download de uma página, aperte Parar ou pressione ESC.

* Não há necessidade de você digitar as mesmas informações várias vezes na mesma página. O recurso AutoCompletar do navegador salva as suas entradas anteriores de endereços da Web, formulários e senhas. Dessa forma, quando você digitar as informações em um desses campos, o recurso AutoCompletar irá sugerir as possíveis coincidências.

* Depois que estiver em uma página da Web, você pode localizar uma palavra específica nessa página. Não há mistério: dispense seu instinto de detetive e digite, ao mesmo tempo, Control (Ctrl) e F. Dica: espere a página carregar por completo para efetuar a localização rápida.

* No carro, mantemos um guia de ruas. Em casa, uma lista telefônica. No browser, mais especificamente em Favoritos, devemos guardar pelo menos os endereços dos principais sites de busca. Eles nos ajudarão a encontrar caminhos que nos levem aonde queremos chegar. Conforme navegar e encontrar sites interessantes, adicione-os e organize-os em Favoritos. A ótima notícia: quando você adiciona uma página da Web à sua lista de favoritos, você pode também torná-la disponível para leitura quando não estiver conectado à Internet. Para salvar rapidamente uma página da Web na sua lista de favoritos, pressione Ctrl e D. Se você deseja saber quais ações podem ser executadas em um link da lista de favoritos, clique com o botão direito do mouse no link, no menu Favoritos.






* Imprimir ou salvar a página da Web apresentada no navegador são outras opções para não perder um mísero bite dos dados encontrados. Há ainda como enviar a página ou um link por e-mail ou criar um atalho para o endereço na área de trabalho do computador (área em que fica a lix

29/07/2002

Oficina de Pesquisa na Internet

Reprodução da homepage do
buscador Yahoo

Identificar e selecionar informações disponíveis na Internet é uma das habilidades necessárias para aproveitar o que a rede tem a oferecer. Transformar essas informações em conhecimento faz parte deste processo. Para ajudar educadores no desenvolvimento destas habilidades e como ensiná-las, o EducaRede elaborou uma oficina que pode ser aplicada por quem já sabe pesquisar para ensinar quem quer aprender. Antes de realizá-la, sugerimos a leitura do texto Letramento digital: Pesquisa

Momento Inicial: (1h30)
• Apresentação dos participantes
• Apresentação do Programa EducaRede
• Apresentação dos materiais
• Cadastro dos participantes no Portal
• Análise dos recursos e circunstâncias com o grupo
• Escolha do tema de aprofundamento

Objetivos:
• Refletir sobre o uso da Internet na pesquisa de conteúdos;
• Explorar as possibilidades de pesquisa no portal EducaRede.

Reprodução da homepage do
Google

Estratégia:
• Utilizar formulário de busca para realizar uma “pesquisa orientada” na Internet.

Material necessário:
• Sala de Informática com computadores com acesso à Internet;
• Formulário de busca.

Atividades:

Atividades iniciais: (30 minutos)

• Apresentar o facilitador e o roteiro da oficina específica de Pesquisa;
• Apresentação breve dos participantes: nome, disciplina que leciona, tempo de magistério, experiência com o uso dos computadores e da Internet;
• Iniciar a atividade propondo uma breve discussão sobre o que se entende por “pesquisa na Internet”, apontando as dificuldades mais comuns dos alunos e dos professores diante de um universo gigantesco de possibilidades de informações desorganizadas e incertas, destacando
importância de ter:

    • Boas referências para pesquisar (sites confiáveis: portais de educação, como o EducaRede, sites de universidades, bibliotecas on-line, etc.);
    • Clareza sobre onde se pretende chegar com a pesquisa: o que pesquisar e para quê?
    • Uma boa metodologia de busca de informações;
    • Uma boa compreensão dos mecanismos de busca (buscadores, diretórios, buscas intrasites etc.).

Colher depoimentos breves sobre a experiência de cada um com as atividades de pesquisa na Internet:

    • Discutir a pesquisa na Internet enquanto uma habilidade (complexa) necessária ao professor para garantir que ele saiba como solicitá-la, conduzí-la e avaliá-la ao propor essa atividade aos alunos;
    • Discutir o “copy-paste” (copia e cola) e relacionar suas possíveis causas à complexidade da atividade de pesquisa (se é difícil para o professor, imagine como não será para os
      alunos);
    • Enfatizar a “semelhança” entre as pesquisas que podemos fazer na Internet e as pesquisas que fazemos nas bibliotecas (a Internet é apenas uma biblioteca maior, com materiais
      de qualidades variadas e facilidade de pesquisa eletrônica).

Atividade de pesquisa: (1h30)

Reprodução do Formulário de
Busca Orientada

• Distribuir o formulário de busca orientada;
• Definir um tema para a pesquisa. Se o grupo de educadores for grande, é recomendável que seja dividido em grupos menores e que cada um se encarregue de definir um tema para si.
• Como exemplo, vamos simular uma pesquisa a partir da seguinte situação-problema: “O professor deseja que os alunos façam uma pesquisa sobre o tema Aquecimento Global, na qual fique clara a relação entre o fenômeno e a emissão de CO2 na atmosfera. O resultado da pesquisa deve ser suficiente para que os alunos possam construir um texto resumido sobre o tema que contenha também figuras ilustrativas”.
  • Destacar a importância da formulação correta do problema de pesquisa para evitar resultados pouco relacionados aos objetivos propostos;
  • Criar a “expressão de busca”: “Aquecimento Global” & “emissão de CO2”.
  • Apontar os “meios e ferramentas de busca” e comentar cada um:

Portais educacionais e departamentos de universidades:

  • Prós:
    • Confiáveis;
    • Linguagem apropriada;
    • Material direcionado ao ensino;
    • Links confiáveis.
  • Contras:
    • Nem todos são gratuitos;
    • Nem todos são fáceis de pesquisar;
    • Nem todos possuem subsídios para o assunto pesquisado.

Sites relacionados ao tema (ONGs, pesquisadores, professores, interessados):

  • Prós:
    • Quase sempre são confiáveis;
    • Muitos trazem pesquisas sobre o tema;
    • o Links quase sempre confiáveis.
  • Contras:
    • Informações erradas ou deturpadas;
    • Nem todos são fáceis de pesquisar.

Diretórios de pesquisa (Yahoo, Google)

  • Prós:
    • Trazem informações categorizadas;
    • Quase sempre os links são pertinentes;
    • Quase sempre são confiáveis.
  • Contras:
    • Trazem muitos links;
    • Nem sempre permitem um refinamento correto da pesquisa;
    • em sempre estão atualizados (“links quebrados”).

Buscadores (Google, Yahoo etc.)

  • Prós:
    • Permitem buscas específicas;
    • São rápidos.
  • Contras:
    • Retornam um número muito grande de referências (links);
    • Muitas referências retornadas são irrelevantes;
    • As referências retornadas nem sempre são confiáveis.

Exploração do EducaRede

• Iniciaremos a atividade de pesquisa fazendo uma exploração breve no portal EducaRede e procurando identificar mecanismos úteis de obtenção de informações no próprio Portal. Para isso, começaremos com uma visão geral do Portal a partir dos “canais” (menu da esquerda na página principal).
• Faremos a busca no Portal EducaRede usando seu mecanismo de busca:

    • Iniciar pela expressão “Aquecimento global”;
    • Mostrar outro exemplo com a expressão de busca “Sala de Informática”;
    • Faremos nova busca no site do Greenpeace. Destacaremos agora o caráter “jornalístico” de muitas matérias e a dificuldade de localizar as informações relevantes;
    • Faremos nova busca no diretório do Yahoo. Destaque para os “links quebrados” e a não relevância de algumas referências;
    • Por último, usaremos o Google. Destaque para a quantidade de itens retornados e a necessidade de se saber “exatamente” o que devemos pesquisar.
    • Sugira o refinamento da busca a expressão entre aspas.
    • Enfim, vamos pesquisar imagens no próprio Google.

Finalização da oficina: (30 minutos)

• Roda de discussão sobre o percurso e os resultados da busca.

    • Quais problemas encontramos? Onde? Por quê?
    • É necessário ensinar nossos alunos a fazerem buscas na Internet?
    • Como o professor pode usar as buscas para aprimorar seu próprio conhecimento?
    • Como o professor deve orientar os trabalhos de pesquisa para que os alunos possam fazer buscas produtivas?

Referências de Internet




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